Os dias de calor do verão criam uma atmosfera perfeita para passarmos mais tempo ao ar livre. Mas isso acaba aumentando a exposição da nossa pele ao sol e quem tem melasma sabe: é só os termômetros subirem para as manchas acastanhadas na face ficarem ainda mais evidentes.
É que além de fatores genéticos, o descuido da proteção solar e a exposição à radiação emitida por fontes de luz estão envolvidas no desencadeamento da condição. Você deve estar pensando: “Então é verdade que as manchas pioram no verão?” Infelizmente, sim. O calor excessivo e a maior exposição ao sol durante a temporada podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento do melasma na pele.
Proteção é tudo!
A principal dica para quem tem melasma é seguir com o tratamento indicado pelo(a) dermatologista e usar protetor solar independentemente de estar na praia ou escritório.
Para evitar o agravamento do quadro é (muito!) importante redobrar os cuidados com a proteção cutânea nesta época do ano. Por isso, utilize o filtro solar corretamente e lembre-se de aplicá-lo a cada 2 horas. Evite ao máximo a exposição direta ao sol nos horários de pico, que vai das 10h às 16h. Aplicar água termal no rosto e nas áreas mais expostas do corpo também é uma dica legal para ajudar a refrescar a pele, evitando que o calor influencie na hiperprodução de melanina.
O melasma é mais comum em mulheres, especialmente em pacientes de pele morena, com idade entre 25 e 45 anos. No entanto, vale ressaltar que, apesar de ser menos frequente, as manchas também podem surgir em homens ou pacientes de pele clara.
Definitivamente: proteção é tudo! Por isso eu sempre recomendo aos meus pacientes que também usem e abusem dos bonés, chapéus e viseiras para curtirem os dias de verão sem se preocupar com o melasma.
Afinal, como tratar a doença?
Infelizmente, o melasma ainda não tem cura. No entanto, as manchas podem ser con-tro-la-das! E para isso, o seu tratamento deve ser contínuo, para evitar uma “recaída” e o aparecimento de novas lesões. Como o melasma é uma doença crônica, quem tem deve tratar sempre.
Mas acalme-se, além do uso de substâncias tópicas prescritas pelo(a) dermatologista, alguns tratamentos em consultório são eficazes no controle da doença, como:
Cremes
Cremes à base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido kójico, ácido tranexâmico, ácido retinóico e ácido azeláico são algumas opções para ajudar a clarear e uniformizar o tom da pele em casa. Não preciso dizer que a escolha do melhores ácidos, bem como a sua concentração em cada paciente, deve ser feita pelo dermatologista, não é?
Peeling químico
Com o peeling químico conseguimos acelerar o processo de renovação celular das camadas da pele por meio da aplicação de ácidos específicos. Por isso, ele é uma boa alternativa para tratar o melasma. Recomendo que eles sejam menos agressivos, evitando o “efeito rebote”, e que sejam realizados com mais frequência, a fim de retirar aos poucos o pigmento das manchas.
Microagulhamento com drug delivery e o MMP®
Técnicas que visam perfurar a pele de forma controlada para estimular a produção de colágeno novo, melhorando a oxigenação local e, principalmente, potencializando a absorção de medicamentos aplicados diretamente na áreas tratadas. Com isso, os ativos aplicados na pele conseguem penetrar em camadas profundas e agir de forma intensa, promovendo resultados ainda mais satisfatórios.
Viu? É possível curtir a estação mais quente do ano sem “neuras” e novas manchas. E se o pior acontecer, visite um dermatologista!