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As cicatrizes na pele, sejam provenientes de traumas ou acidentes, da má cicatrização pós-cirúrgica ou de doenças cutâneas como a acne e a catapora, fazem parte das queixas frequentes dos pacientes em consultório dermatológico. Geralmente, as chamadas cicatrizes inestéticas não provocam danos à saúde, mas geram grande incômodo em relação ao aspecto estético, prejudicando a autoestima dos pacientes.

Apesar de, na maioria das vezes, não ser possível eliminar toda a cicatriz, com o atual arsenal de tratamentos e tecnologias dermatológicas, é possível minimizá-la e melhorar muito o aspecto da pele na região.

O que causa a formação de cicatrizes na pele?

Uma cicatriz é considerada uma característica natural do processo de reparação da pele após uma ruptura do tecido cutâneo, ocasionada por acidentes, por doenças ou após uma cirurgia. Neste processo, o organismo se encarrega de criar um tecido diferente, mais firme, que possui maior quantidade de colágeno fibroso, menos elástico do que o tecido de colágeno normal. Além das irregularidades na textura, as cicatrizes podem também apresentar coloração diferente, sendo mais avermelhadas.

Quais cuidados tomar com uma cicatriz nova?

Quando estão recente, a área da cicatriz é extremamente sensível. Por isso, a principal dica é proteger a região contra os raios UV do sol, por meio do uso adequado do filtro solar, a fim de evitar a hiperpigmentação local. A aplicação de hidratantes e outros medicamentos tópicos pode ser indicada em alguns casos, uma vez que a pele cicatrizada costuma ficar mais seca ou irritada.

Como tratar as cicatrizes inestéticas antigas?

Existem diversas técnicas que ajudam a atenuar o aspecto irregular, espesso e inestético das cicatrizes. Alguns tratamentos eficazes são:

• Peelings Químicos: este procedimento visa aplicar ácidos e ativos específicos na pele, a fim de causar a remoção das camadas dérmicas e promover a renovação celular, com estímulo à síntese de colágeno novo. Os peelings podem ser superficiais, médios ou profundos, conforme a profundidade da cicatriz. Além de melhorar a textura da cicatriz e uniformiza-la à pele, este tratamento é excelente para clarear as lesões hiperpigmentadas.

• Peeling Físico ou Dermoabrasão: o peeling físico visa realizar um lixamento da pele, removendo por vias físicas as camadas superficiais do tecido cutâneo. O procedimento é indicado principalmente para tratar cicatrizes deprimidas e profundas.

• Preenchimento cutâneo: o preenchimento é uma boa opção para tratar cicatrizes aprofundadas e com depressões, preenchendo a região e deixando-a uniforme em relação ao restante da pele. É importante dizer que este tratamento, feito com a aplicação de ácido hialurônico, é extremamente seguro e eficaz, mas não dura para sempre. O preenchedor é temporário, durando em média 18 meses.

• Excisão e sutura simples: a excisão cirúrgica é uma técnica da cirurgia dermatológica que visa remover cicatrizes muito disformes e com bordas irregulares, com o auxílio de um bisturi e a posterior sutura da região. Nestes casos é fundamental cuidar da cicatriz nova, seguindo à risca as orientações do seu médico.

• Resurfacing com Laser: trata-se da aplicação de lasers específicos com o objetivo de remover as camadas da pele e renovar o tecido cutâneo com a síntese de colágeno novo.

• Subcisão: a subcisão consiste em elevar as cicatrizes deprimidas por meio da liberação interna da pele com fibrose cicatricial. O processo é feito por meio da introdução de uma agulha sob a cicatriz, realizando movimentos de vai e vem que descolam e liberam o tecido fibroso, soltando a pele.

Microagulhamento e Drug Delivery: o microagulhamento é realizado por meio de equipamentos com microagulhas que fazem micropunturas na pele, em profundidades diversas e controladas. Além do estímulo à síntese de colágeno, que por si só já atenua o aspecto das cicatrizes, esta técnica pode ser associada ao Drug Delivery, com a aplicação tópica de ativos clareadores e outros medicamentos na pele, otimizando os resultados.